sábado, 15 de junho de 2013

Soneto do Retorno

O Saara é uma caixinha de areia
Diante do deserto que me deparo,
Frente ao vazio que me permeia,
E a solidão que me tem cercado.

É a abstinência de um abraço
Que, com teu calor me esnoba.
E, pra mim, só restam as sobras
E a solidão, fria feito puro aço.

Aparta-te de mim, solidão severa e cruel
Que me afasta d’um oásis milagroso
E deixa em minha boca um gosto de fel

Liberta-me do sofrimento do coração
E da angústia de não ter mais chão,
Permita-me, assim, retornar ao meu Céu.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Desejo

Tua cintura, eu enlaço
Te prendo num abraço
Outra mão no pescoço,
Te beijo gostoso.
                         
Se acende uma chama,
Um convite pra cama
Te trago com jeito,
Te mostro meu leito.

Me entrego ao desejo
E o teu corpo, eu beijo.
Vou tirando tua roupa
Te deixando louca.

Esqueço o amanhã
E tiro seu sutiã.
Lhe mordo um mamilo
E lhe arranco o juízo.

Aos teus seios me dedico
Pra curtir teus gemidos.
Meu deleite, meu prazer,
É lhe ver contorcer.

Tua calcinha jaz no chão,
E pra aumentar o tesão
Faço um oral bem molhado
E saio todo lambuzado.

Só depois de tu gozar,
De tremer e gritar,
Me encaixo por cima
Pra completar nossa sina.

E finalmente eu decido
Usar meu membro rijo
E te penetrar bem fundo
E esquecer todo mundo.

Depois de muito vai-e-vem
E vontade de ir além
Meu corpo sofre espasmos,
E reconheço meu orgasmo.

E pulsando lá no fundo
Te convido a gozar junto.
E como dois apaixonados,
Amanhecemos abraçados.