quarta-feira, 25 de abril de 2012

O Bicho-de-Pedra-Azul (mini-cordel)


Aqui em Cândido Sales
No estado da Bahia
Desde sempre se ouviu
Falar de livusia
Boatos que deixam o povo
Em estado de agonia.

Reza a lenda que um dia
Numa cidade mais ao sul
Um rapaz que virou mito:
O tal Bicho-de-Pedra-Azul
Era capaz de se mudar
Até mesmo em urubu.

Há quem diga que é mentira.
Há que diga que já viu
E até hoje ‘inda tem medo,
Sentem até calafrio,
Do bicho que se transforma
No calor e até no frio.

Um senhor disse uma vez
Que viu ele virado porca
Com a carreira que levou
Ficou até de cara torta.
Quando chegou correndo em casa
O bicho quase quebra a porta.

Vez em quando ele mudava
Num moço bem elegante
Só pra comer comida boa
Que só tem em restaurante
E a conta ele mandava
Pra família bem distante.

Hoje em dia o povo diz
Que o bicho sossegou
Que ele não muda mais
E a atentação acabou
Que ele foi descansar no mar
Já que seu tempo expirou.


Este cordel foi feito para o espetáculo  "UMA PONTE PARA NOVA CONQUISTA" da CIA de Teatro Trancos e Barrancos. Durante a montagem, foi convertido para um modelo de teatro de Rua.

Tempo

Tempo.
O tempo.
O tempo passa.
Meu tempo passa.
Passa o tempo.
Passatempo.
Passou.
Passado.
Passatempo.
Passa o tempo.
Passou.



06/09/2011
16:52.